quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ricardo Almeida Celebra 25 anos de Carreira








































Ricardo Almeida completou 25 anos de carreira com desfile comemorativo realizado na noite de quarta no Museu de Arte de São Paulo (MASP). O estilista que começou sua andança pela moda na função de representante de vendas, alcançou notoriedade internacional ao se tornar o "estilista do presidente" durante a vigência do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Vídeos espalhados pelo MASP contavam o enlace de Ricardo com a moda. De início, toda a estrutura da celebração lembrava um show, um espetáculo: tapete vermelho, refletores gigantes, drinques servidos por belos bartenders, música de balada, moças de vestidos animal print e peles (algumas fakes outras não) acompanhadas por rapazes trajados em jaquetas de couro e gravata slim, além dos famosos que circulavam para dentro e fora do backstage. Afinal, só na passarela seriam 23 famigerados nomes do entretenimento nacional, além dos convidados. Loucura? Nem tanto. A organização soube lidar com os imprevistos de um evento para mais de 800 convidados. Costanza Pascolato, empresária e crítica de moda, elegantemente em um scarpin baixo mais conjunto em preto e joias, rememorou a carreira de Ricardo Almeida e o colocou ao lado de Fernando de Barros (ex-editor de moda da revista Playboy e considerado um dos mais importantes especialistas em moda masculina) dizendo que os dois "foram os heróis, os bandeirantes que desbravaram a moda masculina no Brasil". Ricardo Almeida lisonjeado agradeceu as palavras e pediu desculpas pela demora em dar o start no desfile, "não é das tarefas mais fáceis colocar 50 pessoas na passarela. Quero agradecer a presença de cada um de vocês que são pessoas importantes nestes meus 25 anos". Às 22h40, ao som do remix de Eu te proponho cantado por Roberto Carlos (toda a trilha foi com as músicas do Rei) o primeiro modelo adentra a passarela vermelha "ziguezagueante" abrindo os looks inverno 2011 da marca. No contraste entre cores claras e fortes (às vezes em look total), a coleção foi animada pela modelagem ajustada e acinturada de silhuetas longilíneas, ternos de lapelas-cachecois alongadas e assimétricas que extrapolavam as fronteiras, padronagem Príncipe-De-Gales, camisas xadrezes debaixo de coletes e acessórios desejáveis como a estola de coelho e as luvas de couro. A quebra da formalidade se dava na mistura do jeans e alfaiataria que Ricardo Almeida explicou ao Terra "ser muito importante", além da quebra da linha clássica do abotoamento transferindo para a lateral. Esta brincadeira ousada em busca da nova forma de vestir o homem também foi comentada pelo estilista com exclusividade para o Terra, "o homem moderno está mais informado e procura se inteirar mais sobre moda. Isso o torna um consumidor mais exigente". Sobre a principal mudança na mentalidade da moda masculina brasileira, ele fala: "a quebra dos preconceitos acaba libertando tanto o estilista que pode desenvolver suas ideias, como o cliente, mais audacioso na hora de vestir". A escolha do MASP para abrigar o desfile foi feita porque "é o cartão postal de São Paulo. O lugar mais chique, elegante e moderno que conheço", diz Ricardo Almeida. Assim foi a coleção de Ricardo, contemporânea e comedida. Sem as afetações. Hebe Camargo na fila final e acompanhada pelo dono da festa, vibrou e disse: "hoje eu sabia que sairia com alguém. Nunca vi tanto homem bonito e gostoso junto. Os homens brasileiros são bonitos e ficam melhores vestidos de Ricardo Almeida".

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